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Universidade Aberta do Brasil - Haddad cria 18 polos de universidade pública na periferia de São Paulo

Rubens Lessa
quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Nem é função constitucional da prefeitura cuidar do ensino superior, mas o prefeito Fernando Haddad, sem gastar quase nada e com muita engenhosidade está criando polos universitários de cursos semi-presenciais, aproveitando espaços nas escolas municipais conhecidas como CEU's (Centros Educacionais Unificados).

A decisão implanta já 18 polos de 31 previstos da Universidade Aberta do Brasil - um programa do governo federal de parceria com Universidades públicas.

Serão oferecidos cursos relacionados a administração pública, formação em áreas como Pedagogia, Letras, Ciências, Artes Visuais e Educação Física, além de especialização em línguas, atendimento a alunos com deficiência, informática e tecnologia, entre outros.

Segundo Haddad, a instalação da UAB em áreas periféricas da cidade representa uma mudança de cultura em São Paulo. “Nós vamos levar universidade onde não há nenhuma perspectiva de educação superior. Do lado de casa, a pessoa pode ir ao curso a pé, sem pagar e com a qualidade de uma universidade pública”, defendeu o prefeito.

E terá impacto na própria qualidade do ensino básico, já que objetiva a educação continuada de professores.

“Vamos oferecer ao magistério a oportunidade de prosperar em sua formação, mantendo um vínculo com uma universidade pública. Cada um destes polos terá a capacidade de mil a dois mil alunos. Isso significa dizer que nós poderemos ter 45 a 50 mil alunos nos nossos CEUs, nas regiões periféricas, transformando a realidade da cidade como um todo”, afirmou Haddad.

Os primeiros 18 polos da UAB em São Paulo serão nos Centros Educacionais Unificados:

1) Butantã

2) Jd. Paulistano

3) Vila Atlântica

4) Água Azul

5) Jambeiro

6) Pq São Carlos

7) Pq Veredas

8) Pq Vila Curuça

9) Meninos

10) Alvarenga

11) Campo Limpo

12) Casa Blanca

13) Cidade Dutra

14) Aricanduva

15) Pêra Marmelo

16) Rosa da China

17) Jaçanã

18) Quinta do Sol

MANIFESTO DE FUNDAÇÃO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES

MANIFESTO DE FUNDAÇÃO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES

O Manifesto de Fundação do PT é um documento histórico que marcou a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Foi lançado no dia 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion (SP) e publicado no Diário Oficial da União em 21 de outubro daquele mesmo ano.

Foi o documento que deu base a um Partido dos Trabalhadores classista, socialista e de luta, um partido sem patrões, só de trabalhadores. Atualmente, estes princípios de fundação do partido têm sido questionados por várias tendências, dentro e fora do PT, sendo que algumas chegaram a romper com o partido, alegando que este não era mais aquele que descreve o manifesto.

  Leia o manifesto de fundação do PT

 Colégio Sion – São Paulo, SP – 10/02/1980 MANIFESTO DE FUNDAÇÃO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES O Partido dos Trabalhadores surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do País para transformá-la. A mais importante lição que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos ou não virá.

 A grande maioria de nossa população trabalhadora, das cidades e dos campos, tem sido sempre relegada à condição de brasileiros de segunda classe. Agora, as vozes do povo começam a se fazer ouvir através de suas lutas. As grandes maiorias que constroem a riqueza da nação querem falar por si próprias. Não esperam mais que a conquista de seus interesses econômicos, sociais e políticos venha das elites dominantes. Organizam-se elas mesmas, para que a situação social e política seja a ferramenta da construção de uma sociedade que responda aos interesses dos trabalhadores e dos demais setores explorados pelo capitalismo.

NASCENDO DAS LUTAS SOCIAIS

 Após prolongada e dura resistência democrática, a grande novidade conhecida pela sociedade brasileira é a mobilização dos trabalhadores para lutar por melhores condições de vida para a população das cidades e dos campos. O avanço das lutas populares permitiu que os operários industriais, assalariados do comércio e dos serviços, funcionários públicos, moradores da periferia, trabalhadores autônomos, camponeses, trabalhadores rurais, mulheres, negros, estudantes, índios e outros setores explorados pudessem se organizar para defender seus interesses, para exigir melhores salários, melhores condições de trabalho, para reclamar o atendimento dos serviços nos bairros e para comprovar a união de que são capazes.

Estas lutas levaram ao enfrentamento dos mecanismos de repressão imposto aos trabalhadores, em particular o arrocho salarial e a proibição do direito de greve.

 Mas tendo de enfrentar um regime organizado para afastar o trabalhador do centro de decisão política, começou a tornar-se cada vez mais claro para os movimentos populares que as suas lutas imediatas e específicas não bastam para garantir a conquista dos direitos e dos interesses do povo trabalhador.

Por isso, surgiu a proposta do Partido dos Trabalhadores. O PT nasce da decisão dos explorados de lutar contra um sistema econômico e político que não pode resolver os seus problemas, pois só existe para beneficiar uma minoria de privilegiados.

 POR UM PARTIDO DE MASSAS

 O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política. Nasce, portanto, da vontade de emancipação das massas populares. Os trabalhadores já sabem que a liberdade nunca foi nem será dada de presente, mas será obra de seu próprio esforço coletivo. Por isso protestam quando, uma vez mais na história brasileira, vêem os partidos sendo formados de cima para baixo, do Estado para a sociedade, dos exploradores para os explorados.

 Os trabalhadores querem se organizar como força política autônoma. O PT pretende ser uma real expressão política de todos os explorados pelo sistema capitalista. Somos um Partido dos Trabalhadores, não um partido para iludir os trabalhadores. Queremos a política como atividade própria das massas que desejam participar, legal e legitimamente, de todas as decisões da sociedade. O PT quer atuar não apenas nos momentos das eleições, mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias.

Queremos, por isso mesmo, um partido amplo e aberto a todos aqueles comprometidos com a causa dos trabalhadores e com o seu programa. Em consequência, queremos construir uma estrutura interna democrática, apoiada em decisões coletivas e cuja direção e programa sejam decididos em suas bases.

PELA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DOS TRABALHADORES

Em oposição ao regime atual e ao seu modelo de desenvolvimento, que só beneficia os privilegiados do sistema capitalista, o PT lutará pela extinção de todos os mecanismos ditatoriais que reprimem e ameaçam a maioria da sociedade. O PT lutará por todas as liberdades civis, pelas franquias que garantem, efetivamente, os direitos dos cidadãos e pela democratização da sociedade em todos os níveis.

Não existe liberdade onde o direito de greve é fraudado na hora de sua regulamentação, onde os sindicatos urbanos e rurais e as associações profissionais permanecem atrelados ao Ministério do Trabalho, onde as correntes de opinião e a criação cultural são submetidas a um clima de suspeição e controle policial, onde os movimentos populares são alvo permanente da repressão policial e patronal, onde os burocratas e tecnocratas do Estado não são responsáveis perante a vontade popular.

O PT afirma seu compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas. Neste sentido proclama que sua participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas.

Lutará por sindicatos independentes do Estado, como também dos próprios partidos políticos.

O Partido dos Trabalhadores pretende que o povo decida o que fazer da riqueza produzida e dos recursos naturais do País. As riquezas naturais, que até hoje só têm servido aos interesses do grande capital nacional e internacional, deverão ser postas a serviço do bem-estar da coletividade. Para isto é preciso que as decisões sobre a economia se submetam aos interesses populares. Mas estes interesses não prevalecerão enquanto o poder político não expressar uma real representação popular, fundada nas organizações de base, para que se efetive o poder de decisão dos trabalhadores sobre a economia e os demais níveis da sociedade.

Os trabalhadores querem a independência nacional. Entendem que a Nação é o povo e, por isso, sabem que o País só será efetivamente independente quando o Estado for dirigido pelas massas trabalhadoras. É preciso que o Estado se torne a expressão da sociedade, o que só será possível quando se criarem as condições de livre intervenção dos trabalhadores nas decisões dos seus rumos. Por isso, o PT pretende chegar ao governo e à direção do Estado para realizar uma política democrática, do ponto de vista dos trabalhadores, tanto no plano econômico quanto no plano social. O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados e nem exploradores. O PT manifesta sua solidariedade à luta de todas as massas oprimidas do mundo.

Fonte: Wikipédia - drrosinha.com.br